28.12.05

Tu

Anjos perguntam-me se quero ser livre
Ateiam-me fogo para nao responder
Posso nao ser nada e nada ter
Mas não serei motivo para me esconder
Oriundo de outros mundos e lugares
Pacatas planicies e locais
Atado ao sentimento que me lavra
Entendo a dor de mim e dos demais
Mais nada posso fazer
Atado a esta tentação
Magoado por um furo profundo
Provocado pelo teu coração

21.12.05

Tempo

Entre o tempo que o tempo me tirou
Está o tempo que alguém levou,
O sol que fez desaparecer
E a luz que sem brilho imortalizou
O tempo de ter tempo
Que já no tempo ficou lento
Fechou-se mais ainda
Tornou-se num breve momento...
O brilho que via em ti
Apagou-se e não mais brilhou
Fiquei sem luz, sem sentido
E o que sentia já se acabou
Se houve tempo para dar tempo
Esse tempo não bastou
Ou brincaste com o meu tempo
E foi isso que me matou...

16.12.05

Expressão complicada

Queria dizer que te amo
Com todas as palavras do mundo
Queria usar todas as linguas
E que me acolhesses como vagabundo
Queria dizer que te amo
Sem o medo que me faz tremer
Queria que tudo saisse
E que nada pudesse perder
Queria dizer que te amo
Sem ter de gagejar
Queria que tudo fosse mais simples
Para ver a minha ferida sarar
Queria dizer o quanto te amo
Para veres que não consigo ser nada assim
Queria que me deixasses morrer
Que no amor tivesse eu fim...
Eu só queria... Dizer que te amo
E que tudo fosse natural
Queria pensar que era fácil
E aprender com o que está mal
Eu queria dizer que sim, que te amo
À pergunta que tu me farias
Mas nunca me viste como tal
Um essencial de todos os dias...
Eu queria sonhar a amar-te
E pensar que fosse verdade
Eu diria que te amava bem alto
Para que todos sentissem a minha vontade
Queria dizer-te tanto
E me entendesses perfeitamente
Sentisses a minha dor
Que me varre levemente
Eu só queria... Poder tudo expressar
Mas nem sou capaz de te falar
Vou ficar para sempre calado...
E Continuar a chorar...

14.12.05

o feito já feito

Feito o já feito
Fica nada por fazer
Faz-se dois do mesmo efeito
Fica feito sem nada se saber
Soubesse eu que sabia
Saberia o que fazer
Nao fazia se soubesse
O outro feito sem saber
Faço agora nada
Do sabido jeito
Sabia nada sem fazer
Fica agora ja feito
Dois feitos para nada
Feitos ficam sem usar
Uso agora o saber
Do feito feito sem mandar
Mando o segundo feito
Desfazer sem parar
Vão-me dois feitos agarrados
Ficam desfeitos sem mandar
Sem qualquer feito feito
Nem saber para emendar
Fico sem o jeito
De fazer sem mandar

13.12.05

Amor depois de morrer

Escrevo sem sentido,
palavras que o tempo escondeu
E sinto-me perdido, horrivelmente desentendido
Afastado e desligado deste destino que alguém me deu...
Não sei se hei-de amar, pretender ou gostar
Nem sei de que valores me fiquei por ti
Só sei que sei sonhar...
E acreditei no que vi...
Que nem um tonto numa espécie de solidão
Que nem um amor feito e fabricado de tentação
Sou a ansia em pessoa que espera sem mais não,
A amargura de uma falhada e triste traição!
Não, não serei mais eu a caminhar o futuro,
A viver só com ar puro e impuro
E a saborear o mar, a vê-lo afastar
A descer um monte
Para saber que a subida me vai custar...
Não cairei mais em pedras bicudas que me rasgam o coração
Voltarei a ser sozinho e se for preciso não te pedirei a mão,
Farei com que tudo seja sem tu fazeres parte
Com que cada segundo viva eu e só eu
Andarei só com a sombra e a alegria que prometeu amar-te
Só com a vidência que permaneceu e a loucura que por ti morreu...
Desisto de tentar sermos um
Prometo só eu ser dois ou três
Os que forem de mim que tu vês
Os que fizer de mim e em bom português,
Cantarei ao mundo quem tal me fez,
Direi tudo mais uma vez
Sofrerei e espetarei pregos a cada mês...
Se for preciso que te afastes outra vez!
Não és o doce que me acolhe em harmonia,
Nem a própria amêndoa amarga é mais azeda que o teu beijo
É mais que tu qualquer minoria, qualquer pouca coisa..
É mais belo que o teu qualquer mau desejo...
Afasta-te, fica longe para que possa ser só eu,
Não queiras que pense que tudo foi por maldade,
Mas se for só eu e o meu mundo este mundo meu,
Nem sequer irei sentir que um dia senti saudade...

8.12.05

Heartsong

Há algo em ti que me despertou
Há coisas em ti que me apanharam
Houve algum laço que se soltou
Houve certos movimentos que me encantaram...
Senti que num ápice, num momento abrilhantado,
Tinha sentido o prazer de te merecer
Mas foi apenas um pensamento enferrujado,
Que me varreu a mente sem eu querer!
Se não mostrasse eu o que te esperava
Mostrarias tu a face entristecida
E mostrei o que te enganava...
Foste embora sem me perdoar aquele dia...
Só peço ao vento que em ti baterá
Que me leve a mensagem endoidecida
Porque se te quisesse fazer mal
Não serias a mágoa da minha vida...
E fico com o coração marcado,
E permaneço em triste ironia...
Vou ser eu a matar o passado
Vais ser tu a voltar um dia!

26.8.05

... #2

Parece que hoje tive no mundo da água com azeite... Nem me queria ligar ao mar dividido, mas há sempre coisas que nos batem com força e nos mandam a baixo num ápice! Nervos? Não.. foi mais como uma cena de um filme a preto e branco em que as cores desfazem o cinza e a intensidade das palavras não faz sentido nenhum... Tentei aliar-me ao silêncio que à distância mantém o sossego mas acabei por misturar água com sal àquela ridicula poção a que chamam loucura, senti-me mal por momentos porque o amor existe e o carinho proíbe-nos de viver sentimentos conjuntos mas quando não é por mal e ao mesmo tempo faz mal, caímos todos no mesmo buraco, em que se sofre, em que se reza, em que se chora... Levemente, durmo acordado e sonho um futuro curado, mesmo que o passado fique para sempre, hoje o apoio e dedicação é bem diferente!

3.8.05

é errado

Erro meu sentir que vivo sem viver
Minuto a minuto sem alegria e prazer
Atado ao passado da loucura
Lavrado por um futuro de tortura
Ocasionalmente sinto sem saber sentir
Dou o coração sem saber oferecer
Erro sem saber o que é mentir
Arriado sem que me faça valer...
Tenho tudo mas dum rio não se faz um mar
Vi de tudo e nada consegui memorizar
Palavras secas, que de longe me fazem chorar...

18.7.05

i can dream awake

Vindo do ar um sinal alegre
Alimenta-me um sonho gigante
Nada posso temer agora
Imaginando o sabor deste adoçante
Acerto nesse grande amor
Crio em ti uma grande paixão
Aperto com força o meu imaginar
Largo tudo para te dar o coração
Ouço os teus sentidos pedidos
Oculto o sabor que me queres dar
Levo comigo tudo o que tens
Amo-te em tudo e é tudo para te amar
Caio deste sonho gigante e bom
Acordo e tudo isto é verdade
Imigro ao teu coração de seda
Navego pela loucura e sinto a saudade
Amarte-ei sim, juntos seremos um só ser
Vais me ter sempre lá, juntos ao amanhecer!

9.7.05

A vida num segundo

Hoje lavei os olhos com a cor do céu, e senti que podia chegar mais longe, Vi coisas que saltavam à vista, belezas escondidas que nunca se enterraram e ninguém as vê...Senti que o coração é o primeiro a pedir prazer, pensei que o perfeito me rodeava com pétalas infinitas, que não secam, que não morrem...Hoje, sonhei com aquilo que não é nosso e que nos pertence, hoje vivi uma imaginação que nos afronta porque alguém a estragou, e ela existe, ela persiste, e de nada ela desiste...É dificil pensar nela com toda a força, esta dor, este aperto, este louco e forte desmentido momento...Hoje, abri os olhos pela primeira vez, hoje consegui atingir um sonho, hoje o mundo é perfeito, e sempre será hoje, enquanto for minha esta sensação...Hoje é ontém e amanhã será hoje, para sempre será sempre hojeOs meus olhos têm a cor do céu, e a cor de hoje será cor para sempre!Basta ser sempre hoje e viver o amanhã como o dia de hoje, basta forçar o pensamento a esquecer o negativo futuro e lembrar-se do positivo de hoje...Os meus olhos castanhos hoje são azuis, e nas veias corre descontaminação e alegria.Se o coração pede prazer primeiro, amanhã o coração será o mesmo que me elevou a mente e a mente a mesma de sempre...Hoje é o tempo que viverei, hoje acontecerá tudo, hoje saberei tudo o que tenho para saber..Hoje, apesar de evidente, será hoje eternamente, hoje certamente, será o hoje que quero para sempre...

13.6.05

Este espaço curto de terra
Que me prende, que me deseja,
E não me solta o chamamento...
Este canto sombrio onde vivo
Que me intimida, que me mata,
E desmaio naquele momento...
A saborear o imaginário
A aprender tudo comigo
Sou um triste único e só
Um alguém de rasto vadio
Sem viver, sem sentir gente
Sem que me aperte o frio ardente
Sou louco e frio quente
Sou amante de imaginária gente...
No canto da solidão
Na triste escuridão
Num buraco fechado
Ou num alçapão...
Sou ninguém, um insecto gigante
Sou pobre, mudo e irritante
Porque me metem aqui e sentem felicidade
Apenas para me ver longe sem que me contem a idade?
Estou cheio de ser ninguém...
E viver sempre um passado...
Porque tudo é igual, e tudo é um fim fatal
Se já sei, se já não me salvam nem me querem
Morrer antes do tempo será morte igual...

4.6.05

tempo para quem?

E de repente, tudo desapareceu mais uma vez...É melhor pensar que nunca esteve lá, que foi uma passagem encandescente que me pregou ao sitio, é melhor pensar no amanhã com o por do sol nos olhos, e tudo será diferente. A minha pele muda enquanto me devoram o coração, e num curto espaço de tempo sou dois em um e não sei por onde me reconstruir, viver cada dia é dificil, é melhor pensar que cada dia é diferente no tempo, apesar de igual no espaço...Talvez assim esqueça velhas passagens que não me marcaram nem me prenderam, pior que isso, foram passagens que trairam os meus sentimentos e fizeram abanar a mente ao ponto de sentir que a loucura existe, que há pessoas que não conhecem o ritmo da vida, que querem que tudo seja hoje e nunca depois, e quem as paga é quem tá à volta. Tempo perdido...

19.5.05

Se eu andasse sem ver, será que encontraria o caminho? Terá a mente capacidade de projectar um rumo e recordando cada passo, saberá onde virar ou parar mediante obstáculos? Bem...Não é impossivel a mente guiar-nos, mas muitos obstáculos movimentam-se, e pondo isto contra o meu lado...Será que também eu sou um obstáculo para alguma mente? Na possibilidade do "não ver" seria melhor estar parado, para que alguma mente cega pudesse parar e falar... Talvez aos olhos mortais seja uma coisa sem vida e a cegueira provocasse uma imagem interior primordial, e não exterior como já é habito nos humanos... Não é que esteja habituado a ser um "obstáculo" mas cada vez mais acredito que uma árvore atrai mais que um poste de iluminação... Enfim, é lógico!
*
"Se pegarmos na Bíblia Sagrada e a pusermos ao vento e à chuva, as palavras começarão a apagar-se e ficarão inlegíveis... A nossa Biblia, é apenas o vento e a chuva..."
*
Expressão dita por uma mulher nativa dos E.U.A., da religião Wicca, uma religião onde as pessoas são pacificas, contra a violência, não sabem o que quer dizer "feio" ou "bonito" para eles, viver é bom, estão sempre bem, tenham muito ou pouco, e não conhecem palavrões, actos de violência ou que, de alguma forma, magoem alguém... Deviamos ser todos assim, o mundo devia ser assim! Mas as pessoas ambicionam sempre mais e melhor, até nas pequenas e simples coisas da vida, e isso estraga tudo, a violência nasce daí, a ansia de ter e roubar nasce daí, a sede de matar para obter nasce daí... Eu não viro as costas à realidade, embora nem com um milhão como eu chegaremos a algum lado, quem tem armas e poder vale mais que isso! A triste realidade em que caminhamos e a miserável vida para a qual vivemos e que vamos sempre ter... Bem...Deu-me para falar de tudo...Quando posso, aproveito para criticar...Paz aos que estão e sorte para os que lutam pelos direitos que merecem!

12.5.05

Caio em encanto
Ouço um canto de cores
Preso no verde manto
Rodeado por mil flores
Não há barulho, tudo é calmo
A beleza do silêncio que se merece
Ver o pequeno arco-íris a voar
Que entre flores permanece
É a doce borboleta de muita cor
Que sorri à beleza natural
Voa de flor em flor
Entre as mil do meu quintal
Onde vais borboleta,
Que voas sem direção?
Tens o dom da liberdade...
E o mundo na tua mão...

10.5.05

Sou um insecto... Mas porque me mata esta borboleta?... Sou assim tão mau para não me chegar, nem conseguir falar?Mas é... Não consigo abrir o meu interior para que me descubra, não consigo estar perto, e quando estou, não me consigo chegar o suficiente, porque alguma coisa me impede...Será que não mereço? Ou é mesmo esta minha vergonha que me está a matar e não a borboleta? Eu só queria que ela me achasse bem, e que não me quissese ver abaixo dela, se calhar são só ideias minhas, não sei, já não sei nada...A verdade é que gostava de ter uma pessoa destas por perto, livre, sempre a voar, como num sonho! Gostava de poder manter um diálogo com uma pessoa destas, sempre a viajar, sempre solta e alegre! Solidificar uma amizade, ver-me numa núvem, era tão bom...E não consigo! Por favor, ajudas-me? Não tenho medo de ti, tenho medo de mim, tenho medo de todas as borboletas e de ti não...

*

- Credo, onde estou?
- Na lua...não dá pa reparar??
- Lua?? tão brilhante e sem buracos?? ...A lua não é assim!
- Acredita, esta é assim, foste tu que a fizeste...Quando acordares percebes...

3.5.05

0

Sou um zero, um elemento que sozinho não faz sentido, que não tem valor, e outros ao pé de mim, juntam-se para terem valor... Um zero no amor, um zero na experiência, um zero na vivência. O resto, são caracteristicas humanas, normais de qualquer ser, chego a pensar que vivo num planalto seco, onde os montes crescem para baixo, e onde não há cor, porque não pode haver, porque não faço sentido se for melhor, maior ou se for mais longe, vivo num traço que acabará só na morte e não tenho vivência para a experimêntação, reflicto no que faço pelo mundo, e o mundo nem sequer olha para mim, passa-me tudo ao lado, como passo ao lado de tudo, sem nada dar por mim. Continuo neutro à vida, como o zero, nem mais, nem menos, sou um zero que não passou daí, e faço tanto por toda a gente, e nada por mim. Não me irei derrotar por querer ver o sol e tudo ficar a preto e branco, não me irei desiludir por falar e ninguém me ouvir, enquanto for um zero, alguém há-de ser feliz à minha conta...como já é hábito...e nada para mim. A ansia já não me aperta, porque já não vive em mim, a procura já não me cega, porque já me fartei de tentar encontrar o verbo que se diz trazer felicidade a uma vida...Mas se durante tantos anos em nada me afectou, não é agora que me há-de atingir. Continuo a ser um zero...como sempre...

21.4.05

.....

Não estamos sós, nunca vivemos só para nós...Não nos podemos sentir sozinhos, afastados ou rejeitados, porque há sempre um "alguém". Alguém que nos aprecia, que gosta de nós, que faz tudo por nós, ou porque nos ama. A vida, essa sim, prega partidas...Mas também não é por isso que há-de faltar força, que havemos de cair, que sentimos necessidade de nos soltar e desaparecer. Nunca, porque todos temos força para seguir em frente, os sonhos, as loucuras, os passos dum mestre que nos deixou e se foi embora para sempre, não porque quis, mas porque teve que ser, porque aconteceu, ou porque a pisadas de uma vida nem sempre são correctas ou sinceras. Mas não é por isso que temos que mudar, pode ser dificil no principio, mas não há volta a dar e só resta seguir o que estamos a construir e alcançar as metas que marcamos e que queremos ver ustrapassadas por nós. Há sempre uma reserva lá no fundo que nos alivia, que nos mostra que não temos razões para deixar uma vida, pelo menos as nossas razões...Há que sentir, fluir, viver e voltar a sofrer, é disto que nos fazemos adultos, sentimentais e seres normais, é isto que nos torna autonomos mais fortes. Há sempre uma pessoa que desaparece, mas a vida segue, porque essa pessoa merece, merece que a partida nos faça ir ainda mais longe, merece que tenhamos uma vida de sucesso para que vejam que não somos ninguém, e para uma só pessoa saber que pode tar descansada, porque tudo o que deixou tá a ser bem tratado e leva o bom caminho que sempre lhe foi dado...É a vida, uma história triste, feliz, mórbida ou cheia de cores, mas que nunca acaba, porque há sempre alguém que fica para acabar o trabalho que ficou a meio...

5.4.05

Acabou-se..

Como de tempo que nunca pedi
Invento um silêncio merecido
Como de tempo que nunca faltou
Mereço o silêncio do invento perdido
Da alma ao dentro corpo que me tenho
Faço do escuro um canto precioso
De dentro e que tenho feito à alma
Faço do canto um vertice demoroso
Sem saber o que mereço a pedido
Solto no ar a fúria cá metida
Sem merecer e pedindo para saber
Solto ao vento a fúria no ar perdida
Desloco-me ao solo para me encontrar
Invento o silêncio de quando nasci
Encontro deslocamento no solo merecido
Nasço no invento que silenciei em ti
Intrepido vento que arrasta mais um pouco
E leve sou eu como quando morrer
Arrasto suave o leve sentimento
E morro leve para voltar a nascer
Sinto-me solto e caio no meio de nada
Tonto a pairar e a vigiar ninguém
Nada sinto e caio solto
Ninguém paira e sou um tonto a viajar no além
A quem livre me dou eu não sei
E que acontece quando acabar não saberei
Sou livre e nada ninguém me deu
Não sei o que se deu nem sei como acabei

23.3.05

"A opurtunidade de dares a uma pessoa a tua amizade, o teu tempo, e tudo a que, e de que derivas, é sempre algo especial. a vontade de falares, seres ouvida e "perderes" o teu tempo com alguém...é sempre especial, nao tou a dizer que sejas especial só para mim, mas acho que és especial para todos quantos gostam de ti, de alguma maneira. O que tens de especial dentro de ti, talvez se faça sentir pelos outros por lhes dares opurtunidade de o poderem sentir, eu senti isso...e toda a gente tem segredos, nunca te pedi para me contares tudo porque se calhar não preciso de saber nem devo perguntar porque a tua vida é só tua e construida pelos caminhos que escolhes, e não queria ter influencia nisso, com medo de saires do lado errado! Só o facto de teres sido a unica pessoa, a unica amiga de infância que voltei a encontrar, faz de ti alguém especial, neste caso, para mim...e as coisas que sei desde que voltamos a falar bastam para ver o quanto "especial" és, e o respeito que me dás, que também eu tenho por ti ao nunca entrarmos em conflicto ou haver guerra de principios, o resto, que ficou para tras, são aventuras e episodios teus, em que eu nunca fiz parte e nem tenho que ter conhecimento e tudo o que possa ser mau ou bom, quer eu saiba ou não, nao me fará mudar de opinião, porque já descobri a matéria prima em que te "fazes" e aquilo em que te transformas quando queres, a mim n m diz respeito...a minha unica fonte de felicidade se calhar, são os poucos amigos que tenho...posso tar no escuro e n ter medo a nada, se tiver sozinho ja sinto medo a tudo....sou eu...assim..."
*
A verdade que percorre a mente e que não quer sair, a saudade que povoa o coração e aperta e liberdade que não damos à mente...Só porque não sabemos quem somos...Mas às vezes as coisas saiem livres, directas e com muita sinceridade!
Mais um legume, na salada que me faz viver!

13.3.05

Nem eu sei

Nem este anzol me pode agarrar
E dizer que seria igual
O prazer de me poder matar
Que no seio da lua seria mortal
Nem as sentidas melodias me sabem prender
E saber que subiria ao infinito
O silêncio que me faz viver
Que na terra mais negra seria um mito
Nem a água mais doce me consegue aliviar
E fazer com que seja diferente
O mar mais profundo que possa encontrar
Que o vento lhe levou a minha mente
Nem as paredes me trazem sossego
E querer estar livre do mal
O meio que me leva ao medo
Que aqui sou um simples mortal
Nem este santo me sabe exprimir
E dizer que sabia correr
O prazer de não poder cair
Que no alto dos sonhos não posso morrer
Nem a alegre cor da vida me pode reflectir
E saber que tenho uma mais valia
O silêncio que sei sentir
Que sozinho e mudo permaneceria
Nem a luva mais quente me consegue aquecer
E fazer com que viva mais tempo
O quarto dos sonhos que me fez crescer
Que no meu mundo ficaria cinzento
Nem a alegria sei que tenho
E querer ver-me longe de mim
O sabor da terra de onde venho
Que nem eu sei se sou assim

2.3.05


sinto que nada sou
e se sou, nada sinto
se mentir nem sei...
será que sinto quando minto?
sei que aconteço
e aconteço sabendo
se quiser nem sei...
será que sei o que pretendo?
sei que existo
e existo podendo
se calhar escolho...
será que a escolher me entendo?
Sei que sou apenas eu
e assim me vou considerando
será melhor ficar assim...
ficar bem enquanto vou sonhando!
*(Victor Moreira)*
*
Voas livre como um pássaro ao vento
Impera em ti a vontade de o ser;
Caminhas só com o teu pensamento
Trabalhas a vida e ,naquele momento
Orgulhas-te de o fazer.
Recusa a dor, não podes sofrer!
Mente se quiseres, se te apetecer;
Odeia o mundo e o que ele tem,
Reveste a vida com o mal e o bem
Engana-te a ti se o quiseres,
Importa-te com outros ou só contigo
Renasce das cinzas, mas VIVE
Amando a ti ou a outro qualquer...
*(Anónimo)*
*
Fecho os olhos porque o meu mundo costuma ser melhor, fecho os olhos para poder sonhar, desvendar aos meus pensamentos o que lá fora não querem ver, fecho os olhos para conseguir ser feliz e ultrapassar-me, fecho os olhos porque lá no fundo não sou ninguém, nem mais, nem menos, sou um ser que caminha só, que vive só, e só a mente faz o resto, só de dentro é que consigo libertar e mostrar-me ao mundo...Fecho os olhos porque a felicidade lá fora muda, e cá dentro é constante.
Agora já os posso abrir, apesar de poucos, alguns veêm-me com dignidade, pelo que sou, e não pela aparência ou feitos poucos dignos se calhar feitos sem o consentimento da mente...A mente, essa, liberta-se e já pode viver ao vento, porque o sol nunca aquece demais a pureza dos sonhos e a chuva nunca inundará a minha fantasia...
Nunca me conseguirei soltar totalmente, não tenho material para isso, mas há quem ajude a construir a minha caixa de ferramentas...

1.3.05

Ocasião de salvação e liberdade
Palavra forte e sinceridade
Primasia de saber ser e viver
Mito constante do ter e não ter
Intuição forte para a vida
Sabor especial de renascida
Apostura única e deslumbrante
Sentido não céptico e nada errante
Ergues as ideias além da barreira
Percebes o infinito e o deslumbras
Dizes-te normal mas superas essa maneira
Ardes cloro em água fina e doce
Lavas a mente da terra e da poeira
*
As ideias que encontramos hoje em dia, ideias fortes, sinceras, que vão mais longe que o possivel, que passam a normalidade e com verdadeiras e normais palavras nos fazem pensar mais um pouco sobre o que seria o "tudo" em que estamos se fossemos diferentes, se agissemos como meros humanos e não rondassemos a estontiedade que nos aprega ao mundo...A leve doçura de sentirmos que essas ideias nos mudam é impressonante, a verdadeira palavra que queremos imprimir e não conseguimos, a suave loucura que vamos insistindo em ter e que não podemos largar, a sorte nula e a madrugada fria que nos assusta...Tudo porque nem sequer sabemos quem somos...É como eu lhe digo, à flor que nasceu fora do jardim e que vê o mundo além de nós, um bom momento para sonhar, pode ser um segundo a voar!

26.2.05

Pensamentos confusos
Sentimentos dispersados
Vidas perdidas, soltas
Como parafusos!...

Não sei o quero,
Muito menos o que não quero...
Não sei se sinto se não sinto.
E tudo isto me confunde
Só me apetece enfrascar-me em absinto!

Era muito mais fácil que me visses como mais uma,
Como uma simples rapariga,
Que não me achasses especial
Que não me achasses fenomenal.

Não vês que
Nós não podemos ser mais que amigos.
Não vês que
Existe um mundo lá fora que nos condenará.
Não vês que
Somos dois pólos distintos...

Não podemos misturar o que não é misturável,
Não podemos amar o que não pode ser amado.
Eu sou eu, e pertenço ao meu mundo
Tu és tu, e pertences a outro lado.

Só temos uma coisa que nos une
E essa coisa não é suficientemente forte para aguentar.
É triste mas não nos podemos amar...
*(Guida Azeredo)*
*
É triste...quando se ama alguém...e sabemos que é errada dar um passo que nos faça felizes, porque outros não o acham, porque outros viriam condenar, como sempre fazem, outros quereriam fazer tudo para estragar um amor...É triste sentirmos tudo, muito, mais que uma simples afeição, sentirmos que tudo se une, que tudo bate certo, que tudo é perfeito com aquela pessoa...E por outro lado, sabemos que iriamos ser alvo de criticas, baixar o nivel perante os amigos, a familia, só porque outra pessoa é mais velha ou mais nova, de outra raça, de outro grupo, ou porque não é bem visto por aqueles que nos querem bem...É mais uma lacuna que nos fica no coração, é mais um passo que não podemos dar, é mais um sentimento perdido, mais um dia que queremos que seja igual aos outros! Tudo resumido à vida, para a qual vivemos e temos que respeitar, e às vezes temos que dizer não ao sim que seria certo, não porque queremos, mas porque vivemos rodeados de ódio, malfeição e de males que não pedimos, mas que existem...

23.2.05

Hoje - Uma Memória

Marcas do tempo, entre sol e vento
Que sinto em mim ao envelhecer
Que vejo a cada amanhecer
Tempo que marca rumo a passo rápido
Tempo que foje e ninguém segura
O que elevo há memória sem cura
Fica marcado...Estará sempre presente...
O que não quero sentir,
O que preferia não reviver,
Relembrar para me assustar...
E novamente, vem tudo ao de cima
Volta tudo ao presente
É como se ontém fosse hoje
E amanhã vivesse este dia novamente
O que trago preso à mente
O que o meu coração prende e sente
O que chora por entristecer...
E levemente, sem dor,
Magoa o meu presente...
Que farei agora para mudar?
Que farei amanha para sentir outros odores?
Solto o interior ao vento...
E morro por antigos valores?
Se mudo...Não tenho razão para procurar...
Se fico...Não procuro mais essa razão...
Foi-me tirada...E fechada no impossivel
Não poderei mais agarra-la
Nem poderei mais confiar em mim..
Sou frágil, igual a todos mas frágil,
Sofrerei sempre do que senti
Carregarei as memórias que vivi,
Seguirei a vida como sempre quis ter,
Mas sempre, sempre a pensar além do meu ser...

14.2.05


Salto o tempo como quem voa
Leve, como uma folha de papel macio
E canto ao sol a minha vida
Digo ao rio que passa esguio
De que folhagens sou sentida
E sou só eu,
Que de tantos numeros fui escolhida
E ao de leve sou suavemente tremida
Não faço sequer barulho
Não faço estragos ao cair...
Choro só por estar seca
Choro por não voltar a subir
E o vento lá escolhe
A direcção para onde sou mandada
Não vou voltar onde nasci
Vou tocar o que nunca vi...
Não é obra de quem me quer mal
Mas destino daquela onde cresci...
É o fim que me dão,
Ser bela enquanto cresço,
Ser trocada quando desapareço
E sou só eu,
No meio de tantas como eu
Sou uma em muitas que vão sumindo
Numa queda enorme, nunca uniforme
Mas aos poucos lá vão caindo...
Como digo...
Sou só eu,
Mas é destino de todas nós
Ser bela enquanto cresço...
Esperar e desaparecer,
Deixar no meu lugar um berço...
Para outra como eu voltar a nascer!

12.2.05

Fechado...


Estou fechado,
quero fugir mas não sei para onde ir
estou fechado, no escuro encerrado
quero pensar,a mente escurece
tenho paredes à volta
estou fechado, alma aberta a devaneios
mas não comunico,não vivo com o mundo
e a cada segundo
passagens perdidas na mente
pensamentos perdidos para sempre
num sitio onde sou diferente
um refugio pessoal
um retiro espiritual
o meu canto, uma forma especial
sou, penso e vivo
sozinho na solidao
preso à minha tentação
amarrado à escolha que veio em vão...
tou fechado,
não sei o que são cores
não sei se sou mal amado
nem sei o tom da voz
e tenho o mundo ao lado...
pois estou fechado, no escuro encerrado
fui eu quem escolheu
a vida que ninguem viveu
a magoa que ninguem sofreu
a solidao em que ninguem se meteu
ninguem me tira daqui
ninguem daqui me salva
sou eu quem quer ficar cerrado
a minha vida é apenas esta...
...estar fechado.

6.2.05

O nosso...jardim


Amostras de seres e belos cultivos neste jardim
Palavras serenas, belos rostos e roupa de cetim
Ira do destino ou alegria deste meu segredo
Rimar com o que vivo e sentir a vida sem ter medo
Estaca que me prende, a bondade da amizade
Razão a que me digno respeitar, o jardim da solidariedade
Ornamentadas paredes de verde e cheias de alegria
Lamentavelmente pintadas com tinta que ninguém via...
Amamos tudo neste jardim, mesmo sabendo que se degrada
Ramos caiem, passaros fojem, odios que se revoltam à espada,
Eleitos que se defendem mas pouco podem fazer
Oh...nem sabem como parar de gritar sem sofrer...
Pela paz que se quer no jardim
Atenuam as cores e o cetim...
Pela paz de todos que sonho ter em mim...

*
O nosso jardim, que já foi verde, já teve muita riqueza no seu meio, já teve dias de sol radiante que só faziam bem e não matavam ninguém...
O nosso jardim, onde tudo crescia em paz e ninguém impedia ou fazia alguma coisa faltar para que o verde fosse a cor que mandava...
O nosso jardim, que já teve tempos em que crescia, que aumentava, nada o fazia parar ou chorar porque era livre, tinha o prazer de mandar para o bem de todos nós...
O jardim, hoje, é quimico, pouco biológico e cresce por outros meios e é destruido para que materiais "humanos" possam crescer...
O nosso jardim, já tem pouco tempo de vida e se continua assim....Qualquer dia não temos jardim...

29.1.05

Embriaga-te

Deves andar sempre bêbado.É a única solução.
Para não sentires o tremendo fardo do tempo que te pesa sobre os ombros e te verga ao encontro da terra, deves embriagar-te sem cessar.
Com vinho, com poesia, ou com a virtude. Escolhe tu, mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas de uma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez atenuada, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que passou, a tudo o que murmura, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala; pergunta-lhes que horas são: "São horas de te embriagares. Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem descanso. Com vinho, com Poesia, ou com a virtude".
Charles Baudelaire in Poesia mais-que-perfeita



24.1.05

é...?......

Quem segue e o que sigo?
Quem mora atrás que eu tanto persigo?
O amor? a saudade? a felicidade interior?
Ou um simples sabor? Ou apenas quero sentir um calor?
E o que tenho? O que é?
O que faz de mim ser assim?
O que construí para viver aqui?
E tenho o que quero? Ou vivo para ter?
Vai ser sempre a rotina? Sempre assim?
Afinal vivo para quem? E Quem me tem?
É algum sinal que espero?
É água que tenho dentro? Ou vazios de ar?
São calores ou frios de arrepiar?
É só isto que vou ter? É tudo?
Paisagem e letra, algo que alguém me prometa?
Espero mais ou acabo aqui?
Continuo a escrever ou é melhor parar?
Pergunto mais sem obter respostas?
Tento mais ou é sempre isto?
É disto e para isto que existo?
Um jogo de mistos? Uma série de imprevistos?
É disto feito o tempo que tenho?
É esta a lenha que queimo para me aquecer?
É esta a água que tenho para viver?
Então e a simplicidade? A normalidade?
Onde está a rotina? E a Magia da vida?
Ainda sinto vontade? Ou fico pela saudade?
Será que disto eu cresco? E será que mereço?
E para que tanta questão? Porque sinto ambição?
Porque quero ter mais cruzamentos?
Ou por causa dos sentimentos?
Ela segue sempre? Sigo eu também assim?
Acompanho os dias feitos para ter um fim?
Conto as horas que eu sei que não repito?
Guardo as memórias por serem de aspecto bonito?
Vale a pena continuar? Vale a pena viver?
Vale a pena ser eu...Até ao dia em que vou morrer?...

20.1.05

Only...Flowers...


"Maybe I won´t be loved.
Maybe I'll forget you tomorrow,
...or maybe never.
Why the hell do you make me suffer like that?
Do u hate me so much?
fuck...
...
I love flowers..."
(Anónimo)
*
Saio de casa para mais um dia normal, para fazer as mesmas coisas de sempre, e normais na minha idade, escola, tar com os colegas, aturar os chatos dos professores! Mas hoje...Hoje alguma coisa quebrou a rotina, houve um acontecimento que me deixou um tanto fora de mim, e despertou em mim certos sentimentos...Vi alguém, uma pessoa que me fez esvaziar o pensamento e voltar a enche-lo com imagens retidas daquele momento..Parece que o espaço encheu, e não paro de pensar, é infinita e cega de tudo o resto a minha mente...
(...)
É a 1ª vez que o confronto, que estou à frente dele e posso apreciar melhor o que me corre nas veias, os meus sentimentos estão à flor da pele, e só quero seguir cada passo que dá e tentar falar com ele...E consigo, sem grandes histórias, mas fico contente porque aquelas palavras dirigidas a mim me deixaram mais à vontade e com mais garra, com mais vontade...de...qualquer coisa...
(...)
O tempo passa e eu já não sei o que fazer...Está tudo tão perto, e ao mesmo tempo tão longe...Falta-me coragem para dizer o que sinto, falta o coração falar alto para toda a gente saber o que sofro por alguém...E...Não...Não consigo falar, tou muda por fora e cheia de letra por dentro...
*
Apesar de falar na primeira pessoa não tem nada a ver comigo...É só uma história, que talvez alguém me contou, ou que alguém sabe que pode desabafar comigo e eu também não sei como ajudar nestes casos! Não sabemos se ele/a sabem o que nos vai no coração, e não sabemos como lhe dizer, não conseguimos expressão, podemos ter muita força, mas falta alguma coisa para podermos dizer tudo o que queremos...É a vida e é sempre assim, está tudo perto, até pode estar tudo à nossa volta, mas quando caimos em tentação...Fica tudo impossivel de alcançar, ou se não é impossivel, pelo menos nas nossas cabeças é, e pensamos o pior..! Não tem que ser assim, há que ter sempre coragem para dar o passo que nos define um futuro, mais vale amar e sofrer do que nunca amar!...

17.1.05

Leis do tempo e da vida

Contrariamente aquilo que um dia escrevi, talvez a felicidade seja dependente do amor, talvez a unica forma de saciar a sede que sinto, de acabar com a solidão em que vivo. Estou sentado num bar, rodeado de gente, incapacitado de sentir a alegria que me transmitem, talvez sejam formas de vida com as quais não me identifico, talvez não seja ali que eu quero estar. Talvez não seja por aqueles que eu me queira acompanhar, talvez não sejam eles que deste estado me vão conseguir tirar. Serei eu o diferente? Serei eu o unico que pensa para além daquele momento? Serei eu que não consigo assimilar a alegria que paira no ar poluído por ser um ambiente diferente daquele em que sonho estar? Talvez esta diferença seja a minha forma de vida, talvez não seja este o meu caminho mas será que terei de o percorrer sozinho?Falta um ombro onde encostar a cabeça farta de pensar...idealizar, o mundo onde eu quero estar. Vontade de um pulso onde possa sentir que há vida, um olho onde eu me possa espelhar...um amor que eu quero sentir e abraçar, uma continua felicidade por estar ao lado de quem quero estar...
(Victor Leal)
*
É assim que nos sentimos às vezes, errados na vida ou a vida é-nos errada? Não podemos escolher quem queremos estar, o conhecimento e o tempo vivido diz-nos quem são os que acompanhamos e o porque de nos fazermos acompanhar, não devemos mandar no tempo e o tempo faz tudo por nós...Estaremos por vezes errados no tempo e no que ele nos traz? Bem, talvez sim...mas o tempo também define as companhias e vão configurando qualidades...boas companhias podem tornar-se más e vice-versa, o melhor a fazer às vezes é afastarmo-nos para não sermos nós também numa teia de maus vicios. A felicidade pode provir da companhia que sempre quisemos ter e com a qual sonhamos, mas não devemos fazer disso um elemento só, porque felicidade tem muitas raízes, e se nos pegamos à raíz que queremos acreditar ser única, aí sofremos! Felicidade é tudo o que temos de bom, à nossa volta, criada por nós e pela nossa companhia, apenas temos que fazer certas escolhas, duras por vezes, mas determinantes...O ar que respiras vai ser sempre poluido, porque o diferente deves ser mesmo tu, ouvir sempre a mesma coisa, estar sempre no mesmo túnel e não saber como sair dele não vai de certeza trazer felicidade, mas o ser feliz hoje em dia, é tarmos no túnel, ouvir sempre a mesma coisa, mas pensar por nós e à nossa maneira e não nos deixarmos ir em influências...que posso mais dizer...sê feliz à tua maneira, se tem que ser assim, não vais mudar para ser feliz, mas podes mudar o que roda à tua volta para que te tornes um poço de vivacidade...O que o tempo já fez, ninguém pode mudar, é sempre tarde demais, nem que seja um segundo depois!
*
O texto que escrevi dirige-se ao Victor..Mas serve para todos...Porque felicidade, talvez o amor seja o que mais feliz nos faz, talvez uma simples companhia ou amizade faça dias parecerem sonhos mas não nos podemos agarrar só ao amor e a uma amizade, temos que tentar ser felizes de muitas maneiras...

Sonhamos?....Ou não?...

"Sonhar é poder iludir o pensamento criar imagens de um mundo real, é poder elevar a alma, é sermos únicos num mundo só nosso, onde tudo o que fazemos se reflecte em nós… mas sonhar não é mais que viajar no tempo, encontrar paz e confusão, criar um mundo, um mundo nosso, onde tudo o que fazemos é o reflexo de nós próprios, lá não precisamos de ser diferentes, não precisamos de ser ninguém, apenas precisamos de ser nós, únicos indiferentes ao que nos rodeia." (Morpheuz)
*
Há razão nalgumas coisas ditas...mas não tou de acordo quando se diz que sonhar é iludir o pensamento, se formos pensar todos assim, sonhar é uma tristeza, porque é no que dá a ilusão, é pensar que pode ser assim e nunca pode, sonhar, é apenas vivermos num mundo à parte, como dito, mas imaginando-nos como gostariamos de ser, com quisermos tar, e com o que quisermos ter, não é uma ilusão, é um desejo, é um sonho que pode nunca se realizar ou pode até ser impossivel de alcançar mas não podemos pensar que nos tamos a iludir, porque se for assim...mais vale a pena nem sonhar....Todos desejam alguma coisa, todos ambicionam ser alguém, todos lutam por fazer alguma coisa e isso, provêm sempre de um sonho, é a sonhar que cortamos metas, é a sonhar que alcançamos objectivos, é a sonhar que somos fortes. Muitas vezes pensamos "era o meu sonho de criança ser isto"; "aos anos que eu queria ter isto"...etc...Se não sonhassemos, a vida rolaria como normal, e estariamos neste mundo apenas para a rotina, apenas com uma vida normal, sem mais nada, sem alguma coisa que fosse importante para nós, sem alguma coisa que fizesse de nós diferentes ou da nossa vida uma coisa fora do normal. Devemos sonhar, sempre! Acontecimentos simples como ter uma profissão, viajar ou mesmo entrar na universidade, são sonhos, ambições...há quem não os tenha, há quem faça da vida uma coisa comum, há quem faça da vida uma estrada sem curvas e cruzamentos, mas há quem faça dela muito mais, há quem sonhe para atingir e só a sonhar conseguimos tirar proveito dos acontecimentos quando eles acontecem..é bom termos alguma coisa e depois pensar que esperamos tanto tempo, que sonhamos tantas vezes....é apenas...o meu ponto de vista....sem querer, claro, criticar a ideia explicita em cima...e...também depende de cada um, depende se somos muito negativistas ou positivos...depende dos sonhos de cada um...talvez eu goste de ser sempre positivo, talvez esta minha maneira de pensar seja diferente de alguns de vós...não pretendo "botar abaixo" nem atingir ninguem..

15.1.05

Errado o sentir que erramos

Tapados, meus olhos não veêm
Ilha dos sonhos, imagino-me tão perto
Resto de um tudo que meus braços não prendem
Estou errado mas sinto-me tão certo...
Espelho, a mente que me reflecte
Danças da imaginação, que sinto em mim
Ondas que vagueiam dentro do meu ser
Ideias que ficam e nunca vai ser assim
Ordenado, o coração que fala por dentro
Mania de sozinho poder dizer tudo
Aparato de construir um todo cá dentro
Tanto que rebenta ou acaba por ficar mudo
Errar, o sentimento que não percebo
Nada sei e tudo farei para nada saber
Odeio quem tudo sabe e tudo faz
Levo o sentimento com o qual não vou morrer
Olho em frente, danço comigo dentro do meu ser
Sacrifico o que tudo quero e a vontade de tudo ter

14.1.05

ahm.........?.....

*
ideias verdes sem cor dormiam furiosamente..quando de repente um verbo entornou o leite!
(Joana Moutinho)
*
Palavras mudas também custam a sair, pensamentos brancos custam a entender e sonhos diurnos custam a perceber...É possivel fazer tudo sair, desde que arranjemos os termos certos, a ideia correcta e se conseguirmos construir o nosso bem-estar, fica sempre tudo mais fácil!
Não se entende bem a ideia, enfim, a culpa é do leite! Parece que era meio-verde!

12.1.05

Gata de Rua

Afinal o que sou?
Se não sei o que sinto.
Quantas vezes já amei?
Ou então fantasiei
Amores são infinitos
Sou GATA DE RUA...
Sem amo, sem dono
Sem gato e sem cama.
Sem laço de fita
Que faça sentir
Aflição no pescoço.
Sou GATA DE RUA...
Só sei amar a Lua.
Sei enlear-me no macho,
Ser apertada no abraço,
Comer, beber e dormir.
Sou GATA DE RUA...
Sem dono e sem laço.
by Yedda Gaspar Borges

Várias as maneiras...de pensar...

Haverá mentes que consigam projectar em si o que realmente veêm, e dar-lhes uma forma adequada ao resto, que determine o real valor de cada coisa? Talvez não... mas há muitas maneiras de o fazer ou sentir, de pensar que podemos atribuir a cada espaço ou momento um certo valor que também determine o nosso estado de espírito, há maneiras de prespectivar um acontecimento sobre uma coisa que acabamos por idealizar à nossa maneira...
Outras maneiras de pensar...em:

Introduzindo...

Este é o meu novo sitio, ciente das ideias que trago em mim, pretendo uma expressão livre e à qual todos possam ter acesso, peço aos que venham, que comentem as minhas ideias, e que assinem os comentários! Pretendo com este novo trabalho, exprimir-me ao máximo, pondo aqui textos que escrevo, poemas que faço ou as tantas cenas diárias que vejo acontecer, em forma de critica ou na minha maneira de pensar! Para começar...não escrevo muito, apenas um poema que fiz para uma amiga... Todos os outros textos e fotos que se encontravam no meu antigo photoblog, estão agora aqui, com datas exactas iguais às anteriores, e com todos os comentários nelas expressas...Beijos e abraços, e voltem sempre!
*
"Cantinho meu que guarda um sentimento teu
Passeando em mim, neste corpo tão sensivel
Turpedo teu que fortemente m prendeu
Leiloando-te o que é meu, ao teu alto nivel!
Arvore que vi quando me lembro de ti
Efeito da beleza que em ti notei
Poema meu que para ti escrevi
Atirando memórias que do teu sitio levei!
Nado de um peixe que salpica água em mim
Rastos de làgrimas que faço imaginar
Rondo o coração e a mente que fala assim
Pondo meus olhos por ti a chorar!
Escrevo isto por que gosto e me agrada
Estendo a escrita, por monólogos a uma fada"