12.5.05

Caio em encanto
Ouço um canto de cores
Preso no verde manto
Rodeado por mil flores
Não há barulho, tudo é calmo
A beleza do silêncio que se merece
Ver o pequeno arco-íris a voar
Que entre flores permanece
É a doce borboleta de muita cor
Que sorri à beleza natural
Voa de flor em flor
Entre as mil do meu quintal
Onde vais borboleta,
Que voas sem direção?
Tens o dom da liberdade...
E o mundo na tua mão...

1 comentário:

Anónimo disse...

É pela liberdade que o homem se distingue dos outros animais e se transforma no ser "inseguro" que corre o risco da própria escolha e decisão. Sem a liberdade, o homem não poderia desesperar, viveria tranquilo, sem temor, sem angústias e sem a náusea da própria existência. É graças à liberdade que ele se torna capaz de efectuar a sua própria realização, de mostrar aquilo que verdadeiramente é, de se valorizar.
O homem, ao contrário das pedras, tem de cuidar do seu ser, cuidar das coisas, cuidar de si. As coisas, porque não cuidam do seu ser, estão fechadas, acabadas, perfeitas. São o que são e nada mais. Mas o homem, que é um ser distante de si, um ser possível, é um ser aberto, para o qual há sempre um "ainda não", e nunca um "já está". Por isso, é sempre "um amanhã", tem sempre "um depois".
"Estar numa situação" significa estar comprometido, preso a uma relação da qual não se pode sair. A situação é o limite que não posso violar. Não posso deixar de morrer, não posso deixar de sofrer, não posso deixar de lutar, não posso deixar de ser culpável.
O homem só é homem graças ao "outro", a quem se abre. Dizer simplesmente "eu" implica o reconhecimento do "tu".
E existir é ser para a morte, é ser para o nada! Porque a morte é a possibilidade impossível, porque, ao contrário dos outros possíveis, que posso realizar, esse possível (a morte) é aquele que não realizarei. Porquê? Porque jamais poderei dizer: "eis-me morta"......