13.11.21

Sempre.

Planeias no tempo a dor que te consome

Mandas ao vento gritos de poder

Afastas o espírito que em ti dorme,

Angustiada porque ele te quer fazer perder


Frágil vida que ainda tanto tem para dar

Liberdade parada por quem tudo pode querer

Ternura de menina que sem nada o esperar

Ruía por dentro no medo de não parar de sofrer


Eleva-te querida e leva-me contigo

Ralha ao vento, mas sem grito sofrido

Tranca a sete chaves o teu último gemido.


...sempre!


*


Não é normal a existência de um poema construído por dois quartetos e um terceto, fazendo-o parecer um soneto inacabado, porém, também com isso quero enaltecer a luta que vai ser travada e a vida que ainda TEM que ser vivida. É um soneto inacabado, porque o que ele transborda são mais que versos rítmicos e ideias melancólicas. É um soneto "aberto" que prepara uma viagem ao infinito por aquilo que de melhor a vida nos dá, a simplicidade de VIVER. Sempre.

Sem comentários: