Bem desse mal que bem te consome e tem
Real esse falso atributo que só a ti convém
Imposto e dado por alguém que não é ninguém
Levado e atado por ninguém que julga ser alguém
Horas te mentem e te fazem suar sem calor
Atrás de um passado que só te trouxe mágoa e dor
Rumaste ao mesmo sitio e seja para ti o que o futuro for,
Não largas essa teimosia de sofrer por amor!
Olhas bem o futuro mas o passado te consome
Escolheste avançar na mente o passado que em ti dorme
Secaste ao vento e o vento te matou a fome
Com nenhumas lágrimas desse cúmulo enorme...
Um dia vais perceber e tentar continuar
Ruínas desse tempo vão-te ainda querer mostrar
O brilho que no escuro fizeste acordar
Além do sono infernal que te acabou por matar
Continuas e acreditas num mau passado
Orgulhaste de teres sido sempre mal-tratado
Ridiculo, absurdo e fervil fardo
Dares a ti o mesmo sol que te havia queimado...
Ainda estas a tempo de igualar o teu presente
Ruma a norte e anda em tom crescente
Ainda estas a tempo de esquecer quem te mente
Dares a ti um sol que te dê vontade de olhar em frente
Olha e vê só essa causa que te atinje e magoa
Rastejas no céu como mortal que nem é pessoa
Mais que isso é esquecer a vida má e brilhar na boa
Impõe a tua regra,
Regressa ao teu presente que tudo tem e nada escoa...
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