10.2.06

A ti, maldoso ser!

Vi de tudo e tudo se escondia
Impedioso mundo que me enlouqueceu
Cru e vagabundo entre o tempo que fujia
Todo e só ele que matava por quem morreu
Onde me levaste e onde te escondeste
Rio negro de ódio e solidão
Emagreceste na fome e na doença que venceste
Martirizaste a saúde a quem tinha coração
Antes que o teu tempo acabasse
Nas colinas que ultrapassam o céu esbranquiçado
Unificaste as terras e os mares
E a todos imposestes que pecassem sobre o teu pecado
Louco, audaz servo da maldade
Caminhaste entre mortos e destruição
Ruiste castelos e nem deixaste saudade
Imitaste o criador e julgaste-te adão
Só tu consegues ser tão mau
Orgulharte do bem que de bom nada tem
Sentimentos que traz vazios à tua nau
Tormentos que não lembram a ninguém...
Ouve a mensagem que te leio
Morre longe e não queiras sofrer mais que nós
Ouve porque hás-de ser único e primeiro
Morre onde quiseres em que os males não venham sós
Ouve o grito dos que encheste
Ri-te do mal que provocaste
Entre carne e o sangue que bebeste
Isolaste-te na cura que inventaste
Ridiculo ser de burrice tamanha
Antes que te movas alguém ainda te apanha!

1 comentário:

Anónimo disse...

sem palavras...
axo k nca tinha lido um poema teu, c um sentimento tão ferido, tão magoado, revoltado!!
mas ta lindo, como tdos os outros!!

bjokitas doces