14.2.06

Ia, Pois Ia...

Pois ia...
Ia onde os ventos me levassem
Subiria ao encontro do céu distante
Tocaria no azul resplandescente
Ficaria apaixonado como se fosse seu amante
Pois ia...
Ia onde o sol não queimasse tanto
Fujiria do natural e do normal
Iria onde não houvesse mais ninguém
E fosse eu um único e simples mortal
Pois ia...
Ia onde a fantasia se tornasse real
Queria só o encanto que os livros nos dão
Entraria num conto de fadas
Onde não há ódio nem solidão
Pois ia...
Mas não posso fujir da minha realidade
Não se pode esquecer o mundo e o seu mal
Sou só um sonhador de um mundo melhor
E escritor do bem e do tormento abismal
Pois ia...
Pois ia onde se lesse apenas poesia
E onde tudo isto fosse verdade alcançada
Pois ia onde se passa a fronteira mortal
E os meus versos fossem fantasia sagrada

1 comentário:

Anónimo disse...

mais um xcelente poema...
exe ia...
tão profundo...

beijos nino, continua!!