26.6.24

Um gin e um poema


Sei lá - pensava eu enquanto soluçava,

Só queria beber o meu gin e era nas palavras que me embriagava!

Estava num daqueles dias como outros tantos que já passara,

E ao fim de tanto pensar a boca já secara...


Já não sabia se continuar fazia sentido,

Se pensar era um poço sem fundo ou bom abrigo...

Refletia no que se passara, se o relógio parara,

Mas era só tempo espaço, que o tempo momento apagara...


Sabia que a vida não era uma linha contínua,

Mas como saberia eu que montanhas a minha ia erguer,

Quantas curvas eu teria que saber fazer,

Quantas lições eu ainda tinha de aprender...


Serei eu persistente, terei sido feito para saber aguentar?

Serei eu de ferro, cuja ebulição não sabe como me forjar?


Um dia ainda vou ser meu, dono do meu momento,

Um dia vou conseguir compreender...

Dar as curvas certas e ter tudo para mim,

Um dia conduzo a vontade... e vou viver.

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