Fechei as portas, corri as persianas, desliguei a luz.
Fiquei em silêncio, fechado por fora, e fora o coração que está dentro, que explode de emoção no silêncio do que eu enfrento, cora a toda hora, à espera de quem demora e por quem canta do lado de fora...
Tudo fechei, mas silêncio não notei, e sem saber que aquilo que sei, que sonha do lado de fora, que cora a toda a hora, eram tolos desejos, que tenho em todos os beijos, sem saber que os seus efeitos, à espera de quem demora, já explodira de emoção, e cantara até então...
O silêncio foi perturbador, resfriado com picadas de calor, que agitaram a calma que tinha na alma... E rápido como quem cumpre uma lei, como quem me tira tudo o que lhe dei, como quem sabe que é dono de tudo o que eu sei, acaba.
O sonho acaba, abro os olhos, o silêncio terminou.
As palavras que o coração recitava ficam sem fim.
O sonho acaba.
Acordei.