11.3.06

Amanhece

Saboreio em doces de mel
O aperto que de ti ficou
Que me eleva ao distante incerto
Que o vazio do tempo me deixou
No silêncio das paredes
Que tanto segredo têm para dizer
Deposito a minha sóbria embriaguez
Do calor do teu corpo que nunca quis perder
Amanhece rápido demais
A curta temporada é longa para mim
Escapa-me entre os dedos o nó
Que me aperta em folhas de cetim
Alimento mais um sonho ou dois
Mais uma imaginação que passa clara
Custa-me sentir saudade
E o meu coração não para...
Ando a toda a velocidade
Entre a chuva e sol escaldante
O tempo tornou-se uma gratidão
E o destino um amargo adoçante
Não sei, não quero tudo saber
Não quero acordar para voltar a nascer
Nem o olhar me desperta a razão de sofrer
Nem tenho vontade de um dia vir a morrer
Vivo o mundo como o mundo vive cada dia
E amanhece sempre rápido demais...
Os sonhos já pouco me alimentam
E a imaginação nunca me diz para onde vais...
Apetece-me fujir e gritar
Partir as janelas da memória
O que guardo está-me a matar
Um passado numa triste história...
Nunca fui amado com amor desconhecido
E o que tenho de mudar ninguém me diz
Eu só queria rebentar de alegria
Ter a opurtunidade de ser feliz!

3 comentários:

Anónimo disse...

Oi!
Eu não sei se isto é sobre ti ou é mais uma memória que alguém te contou e sobre a qual fizeste um poema...
Seja como for digo-te desde já que está lindo. Só há uma parte que não concordo porque é muito injusta! Os últimos quatro versos... És amado e vais ser sempre pelos teus amigos e pelas pessoas que te rodeiam! Não tens de mudar nada, mesmo nada! És uma pessoa espectacular e que merece mesmo ser feliz e eu acredito que tu vais ter muitos momentos de felicidade, porque se há pessoa que merece és tu!
Tudo de bom... Carina

Victor Moreira disse...

obrigadinho!! por tudo o k dizes, o que já disseste, e o k és! embora tu aches que eu mereço ser feliz, nem sempre a felicidade depende de ser merecida, eu acho o mesmo porque não faço nada de errado, ou tento ao máximo não fazer, tento ser justo com tudo e todos, tento viver a vida devagar tendo cuidado com o passo seguinte, que raramente magoa ou atinge alguém, pelo contrário, até as minhas boas acções me deixam lesado a mim, em qualquer que seja o aspecto mas o mais profundo é não receber o que dou, isso sim é injusto, fazer com que alguém esteja feliz e depois esquecer-se de nós porque já não somos precisos, e as más companhias e más influências voltam porque alguém tem que mostrar que faz parte de um sub-mundo onde a harmonia e o bem estar pouco importa, a gratidão não aparece em nenhum lado e os vicios são mais importantes. A minha felicidade não depende só do que faço mas devia depender do que faço pelos outros, que, até certo ponto me deixam "bem" mas que mais tarde me atiram novamente ao chão e o nevoeiro à falta de um esforço tapa os olhos a quem nada quer ver. é a vida! que tou farto de viver...
As tuas palavras são uma delicia, obrigado, já me sinto menos mal..

Anónimo disse...

mais uma vez so posso dizer...
adorei!
lindo, lindo, lindo!!
a serio...
será k vês nele o teu retracto?!
será xte o poem ak retracta tdo o k sentes?!
bjokas pa ti lindo, nca deixes d xcrever!

* vou roubar xte poema,pa mh pagina, há mto tempo k n te roubava nda! lol