21.4.05

.....

Não estamos sós, nunca vivemos só para nós...Não nos podemos sentir sozinhos, afastados ou rejeitados, porque há sempre um "alguém". Alguém que nos aprecia, que gosta de nós, que faz tudo por nós, ou porque nos ama. A vida, essa sim, prega partidas...Mas também não é por isso que há-de faltar força, que havemos de cair, que sentimos necessidade de nos soltar e desaparecer. Nunca, porque todos temos força para seguir em frente, os sonhos, as loucuras, os passos dum mestre que nos deixou e se foi embora para sempre, não porque quis, mas porque teve que ser, porque aconteceu, ou porque a pisadas de uma vida nem sempre são correctas ou sinceras. Mas não é por isso que temos que mudar, pode ser dificil no principio, mas não há volta a dar e só resta seguir o que estamos a construir e alcançar as metas que marcamos e que queremos ver ustrapassadas por nós. Há sempre uma reserva lá no fundo que nos alivia, que nos mostra que não temos razões para deixar uma vida, pelo menos as nossas razões...Há que sentir, fluir, viver e voltar a sofrer, é disto que nos fazemos adultos, sentimentais e seres normais, é isto que nos torna autonomos mais fortes. Há sempre uma pessoa que desaparece, mas a vida segue, porque essa pessoa merece, merece que a partida nos faça ir ainda mais longe, merece que tenhamos uma vida de sucesso para que vejam que não somos ninguém, e para uma só pessoa saber que pode tar descansada, porque tudo o que deixou tá a ser bem tratado e leva o bom caminho que sempre lhe foi dado...É a vida, uma história triste, feliz, mórbida ou cheia de cores, mas que nunca acaba, porque há sempre alguém que fica para acabar o trabalho que ficou a meio...

5.4.05

Acabou-se..

Como de tempo que nunca pedi
Invento um silêncio merecido
Como de tempo que nunca faltou
Mereço o silêncio do invento perdido
Da alma ao dentro corpo que me tenho
Faço do escuro um canto precioso
De dentro e que tenho feito à alma
Faço do canto um vertice demoroso
Sem saber o que mereço a pedido
Solto no ar a fúria cá metida
Sem merecer e pedindo para saber
Solto ao vento a fúria no ar perdida
Desloco-me ao solo para me encontrar
Invento o silêncio de quando nasci
Encontro deslocamento no solo merecido
Nasço no invento que silenciei em ti
Intrepido vento que arrasta mais um pouco
E leve sou eu como quando morrer
Arrasto suave o leve sentimento
E morro leve para voltar a nascer
Sinto-me solto e caio no meio de nada
Tonto a pairar e a vigiar ninguém
Nada sinto e caio solto
Ninguém paira e sou um tonto a viajar no além
A quem livre me dou eu não sei
E que acontece quando acabar não saberei
Sou livre e nada ninguém me deu
Não sei o que se deu nem sei como acabei